sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Se me perguntassem: "Qual a coisa que te irrita mais? ou melhor, "Descreve-me uma das tuas irritações favoritas."

Não gosto que as pessoas com quem não simpatizo particularmente me conheçam bem demais para saberem o que estou a pensar ou a sentir mas também me irrita que não me conheçam o suficiente  para evitar coisas como: "Anima-te! É sexta-feira!" ou "Porque é que estás triste?" ou "Porquê essa cara? Sorri!", numa tentativa de adivinhar pensamentos e estados de espírito. Sabem lá se estou alegre, triste ou com prisão de ventre. Se não sabem, e prefiro que assim seja, calem-se. Não me chateiem. Eu pertenço àquele tipo de pessoas que, em 90% do seu tempo, tem uma cara séria ou fechada, como preferirem. Como é natural, pelo menos para mim, isto não significa que esteja chateada/aborrecida/irritada ou com vontade de bater em alguém. É apenas a forma como a minha cara está configurada. Irrita-me que haja pessoas que não percebam isso, que me imponham estados de espírito ou que assinalem um sorriso sincero ou uma gargalhada verdadeira com um "Olha a Bandida riu-se!" como se eu fosse incapaz de me rir e divertir. Eu sei e adoro fazê-lo, mas quando o faço tem que ser de verdade e não a toda a hora como algumas pessoas que até por um estúpido erro ortográfico se riem às gargalhadas. Nada contra (só um bocadinho porque chateia) mas para mim, que não sou muito entusiasta, não faz sentido. Isto tudo para dizer que, e fazendo uma versão curta deste texto (para quem não tem tempo ou apetite para ler isto tudo), irritam-me pessoas que são demasiado alegres. Geralmente, são também estas que em sentimentos opostos, o são demasiado. São extremistas dos sentimentos. Isto provavelmente tem aqui um monte de contradições mas hoje acordei assim: demasiado encanitada com esta gente para dar sentido ao que escrevo.

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E porque isto é uma selva e nós bandidos, escrevam para aí selvajarias e "bandidagens". Mas com moderação, ou como diria a grandiosa Fanny, "cuidado coa festa!"